Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump recebeu um alerta do chefe da Suprema Corte, John Roberts, em resposta ao pedido de impeachment do juiz federal James Boasberg que ordenou a suspensão da deportação de migrantes venezuelanos, uma decisão que Trump contestou vigorosamente.
A decisão de Boasberg, que interrompeu voos de deportação, gerou uma reação imediata de Trump, que alegou que as remoções são permitidas pelo Alien Enemies Act, uma legislação antiga. Em resposta, John Roberts, que foi indicado em 2005 pelo então presidente George W. Bush, destacou que o impeachment não é uma resposta apropriada para discordâncias judiciais. Ele sugeriu que o recurso adequado seria um apelo, reafirmando a importância de respeitar os processos legais estabelecidos.
A reação de Trump foi contundente, com críticas ao juiz Boasberg nas redes sociais, onde o chamou de “lunático radical de esquerda” e defendeu a remoção de juízes que considerava corruptos. A Casa Branca, por sua vez, esclareceu que as deportações ocorreram sob ordens anteriores à administração Trump, durante o governo de Joe Biden. Essa situação gerou preocupação entre os militares, especialmente devido ao aumento de ameaças contra magistrados, destacando a tensão crescente entre os diferentes ramos do governo.
Historicamente, o impeachment de juízes federais nos Estados Unidos é um evento raro, com apenas oito casos registrados, sendo o último em 2010. Apesar das baixas chances de sucesso, o deputado republicano Brandon J. do Texas apresentou formalmente artigos de impeachment contra Boasberg na Câmara.
Com informações de Eliseu Caetano
