MANAUS – O porto provisório em Itacoatiara (a 269 quilômetros de Manaus), que servirá de intermediação para navios de grande porto descarregarem e embarcarem mercadorias para Manaus, deve começar a funcionar no dia 9 de setembro. A data foi estipulada pelo Super Terminais, uma das empresas que está instalando a estrutura em parceria com o Grupo Chibatão.
Com o porto, que é flutuante, as empresas buscam evitar o desabastecimento da indústria em Manaus devido à seca dos rios. As mercadorias serão transferidas para balsas que navegarão até a capital amazonense e vice-versa.
Por dia serão movimentados 540 contêineres. A cada oito horas sairá um comboio com duas balsas para a capital.
“Desde janeiro (deste ano), nós começamos a planejar essa solução. Vamos instalar um porto provisório e avançado com três guindastes, que funcionará de setembro a dezembro, porque os navios não vão conseguir navegar até Manaus devido aos efeitos da estiagem”, diz o diretor do Super Terminais, Marcello Di Gregório.
Ele lembra que ainda não houve a dragagem do rio prometida pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte). A estimativa é que 150 pessoas vão trabalhar nas instalações provisórias.
“Um navio que chega a Manaus transporta, em média, 1.500 contêineres. Na seca normal, ele vai chegar com mil contêineres. Em termos práticos, uma vez que o navio atraca em Manaus, você tem a sua carga em três dias. Agora (com a seca) vamos adicionar três ou quatro dias a mais para o destinatário receber a carga. Vai demorar um pouco mais”, diz Di Gregório.
“Hoje a nossa estrutura em Manaus conta com oito guindastes. Desses oito, estamos enviando três para Itacoatiara. A Receita Federal não autorizou o transporte terrestre de Itacoatiara para Manaus. Portanto, toda a operação será feita pelo rio”, acrescentou o executivo.